quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Agenda Templo Polimata Boituva - Março

Agenda Polimata Março 2018



10/03 - Sábado
19hrs - Ritual de Yagé Orixás a Oxala

11/03 - Domingo
9hr - Ritual de kambo

17/03 - Sábado
17hrs - Roda de rapé Medicinas da Jibóia
19hrs - Ritual de Uni

18/03 - Domingo
9hrs - Ritual de Kambo

24/03 - Sábado
19hrs - Ritual do Sagrado Feminino

25/03 - Domingo
9hrs - Ritual de Kambo feminino

31/03 - Sábado
19Hrs - Satsanga Védico a Sri Gaura-Nitai

01/04 - Domingo
 7hrs - Ritual de Kambo


Visitantes favor entrar em contato para preencher a ficha de anamnese antes de frequentar os Templos Polimata

Endereço - Estrada municipal 3 irmãos n 08, Água Branca, Boituva, Sp


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Templo Boituva indica

Cura ancestral no contexto cultural da modernidade.


  Os vídeos a seguir evidenciam uma prática ancestral, contextualizada para uma realidade mais urbana e brasileira, tendo o cristianismo como pano de fundo sustentador do processo de cura e assistencialismo quanto agente promotor de saúde (principalmente do ponto de vista das energias mais sutis que influenciam o dia-a-dia mais grosseiro do ser humano). A prática das benzedeiras e erveiras, neste contexto, pode ser visto como uma herança ancestral dos antigos pajés, curadores, brujos, e outros nomes que designam aquele indivíduo que atua como promotor de saúde dentro de uma comunidade sem fazer, necessariamente,  o papel de médico tradicional moderno.
  Suas práticas de cura não excluem o tratamento médico convencional, pelo contrário, funcionam potencializando a eficácia e, em alguns casos, podendo influenciar de uma maneira sútil a progressão do tratamento para que seja interrompido antes do previsto e ou em casos até desacreditados pela ciência convencional, os ditos "milagres" e "libertações" se encaixariam nestes casos. Seus "aparelhos médicos" nada mais são que uma fé inabalável, amor ao próximo sem distinção, a inspiração das energias da natureza e a mente firme no propósito e no caminhar, assim conseguem, através do rezo, do benzimento, o alívio e o auxílio ao irmão que pede ajuda, seja ela qual for.


 
1. Documentário do Canal Futura apresentando as benzedeiras de uma comunidade próxima a Belo Horizonte e o seu saber e sua forma de prática

2. Documentário paranaense sobre benzedeiras do interior do estado mostrando suas práticas e a reforma da auto-estima dessas pessoas como, legalmente, agentes de saúde e portadoras de um conhecimento ancestral (em alguns estados esse ofício é legalizado por lei com associação de benzedeiras, erveiras e afins.)

3. Voltando para Minas Gerais este vídeo mostra as práticas de rezadeiras do interior do estado contando um pouco da história e suas experiencias.

  Esse ofício nos, dias atuais, é primordial, mesmo estando em "extinção", pois, em sua maioria, se tratam de mulheres mais idosas, trazendo para esse grupo, de novo, a responsabilidade perante a cura (que no imaginário popular, muitas vezes fica associado a figura do masculino) trazendo para o matriarcado a devida importância e protagonismo, em paralelo com o renascimento massivo de círculo de mulheres curandeiras (sagrado feminino) que vemos na atualidade.
  Práticas ancestrais são atemporais, sendo seus ensinamentos e práticas eternas a condição humana, não importando a época presente, passada ou futura, a roupagem que da sustenção se altera, mas o fenômeno em si é atemporal e imutável.

Viva as Benzedeiras !
Viva as Curandeiras !
Viva ao Sagrado Feminimo!
Viva a Ancestralidade!


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Louvor aos Orixás - Yemanjá

YEMANJA
Yèyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes")
Orixá Yemanja se coaduna com as teorias científicas evolucionistas de que a vida surgiu no oceano, sendo esse seu campo de força. Ela tem  sob sua regência, dentro da ótica divina dos orixás, a maternidade, a criação e a geração. Assim como no macro toda a vida começou na água, na cosmologia divina também encontramos a mesma origem. A água em sua simbologia geralmente se refere as emoções, ao feminino e a processos inconscientes. Em suma, essa Yabá tráz todos esses aspectos em sua simbologia, pois representa a memória humana da origem da vida, trazida no inconsciente por cada ser, de que de alguma forma saimos do mar, do amor da mãe divina
Festa de Yemanja (2 de fevereiro) - No sincretismo com Nossa Senhora
dos Navegantes 

Dessa forma, Yemanjá atua diretamente em tudo aquilo que o ser humano, em sua condição de encarnado, tem como sua criação e geração. Ela é protetora dos lares e das famílias, das mães, mas não se limita nessa questão de maternidade literal, na qual dois seres humanos geram uma terceira vida. Ela atua na maternidade em sentido amplo, no amor incondicional à humanidade e por essa razão é comumente representada com os braços abertos, de forma a simbolizar sua receptividade irrestrita. É o orixá que não se limita a dar origem à toda forma de vida, mas que também acolhe, ampara e protege a todos.
Ainda sobre a simbologia de seu campo de força, o oceano, temos que o mar é conhecido por Calunga Grande, ou seja, o grande cemitério. As calungas menores são os cemitérios humanos em terra. Sendo dessa forma, quem rege o trono oposto à Yemanja, sendo seu parceiro no polo negativo, é orixá Omulu, que em parceria divina paralisa e neutraliza os fatores que atentarem negativamente contra a vida ou usarem os poderes de criação e geração contra as leis divinas.  Esse fator é explicado em partes, por exemplo, pelo sal grosso na água marinha. O sal grosso, dentro da umbanda, é capaz de retirar e neutralizar todos os tipos de energia. Nesses termos, temos na movimentação ondina constante que o mar tem a força de puxar e devolver incessantemente, criar e neutralizar, dar o bem e sugar o mal, nos auxiliando nesse plano terrestre em nível energético, sendo capaz de gerar grande serenidade e equílibrio com sua irradiação.
Em alguns momentos, temos que a mãe divina é representada como Mamãe Sereia, criatura mítica que é metade mulher, metade peixe. O peixe, para o entendimento dentro dos orixás, é visto como representação de fecundidade, aquele que se movimenta com domínio pelas àguas, que simboliza fartura e busca espiritual pela origem e destino da alma, natural de todo ser que inicia o processo da inconsciencia para a consciência. Representa também a Mãe Virgem, aquela que é a origem de todas as coisas, e que portanto gera em sí e para si mesma a vida.

Em resumo, a atuação de Yemanja simboliza a espiritualidade e sua busca em seu sentido mais maternal, o aspecto feminino do Deus criador, que gera a vida em sí mesma para que ela se desenvolva e para si mesmo retorne. Por isso, ao se trabalhar na irradiação desse orixá, aspectos inconscientes de memória e emocionais, questões referentes à maternidade, busca espiritual, processos criativos e neutralização de  desequilibrios energéticos podem ser trazidos à baila.

***Texto Escrito por: Beatriz (Bia) - Membra Clã do Camaleão - IP-Campinas***
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Templo Polimata Boituva, com louvor e carinho, convida a todos a entrarem em contato com a Mãe Divina, na forma de Yemanjá, junto a todos os Orixás e guardiões.