segunda-feira, 17 de julho de 2017

Intolerância Religiosa



   Parafraseando a wikipédia "Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política, sendo que, ambas têm sido comuns através da história". O ato de intolerância, ou preconceito, caracteriza-se como crime, no Brasil e na maioria dos países deste planeta, a liberdade de culto religioso (e diversidade!) esta previsto na constituição de muitos países, e em outros garantidos por lei. 
    O preconceituoso, no caso, vai contra os ensinamentos da sua própria religião, ou filosofia, sendo que, em última análise, a religião, ou o religare, está ligado ao amor e o "retorno do TODOs ao UNO", criar o sentido de comunidade ao praticante, fazendo-o se sentir integrado aos outros em prol de um objetivo único e maior em beneficio comum a tudo. Oras, se o amor uni a tudo e a todos, porque uma prática que leve a esse sentido seja passível de chacota ou discriminação por um praticante de outro credo ?
 A disputa politica ao longo das eras têm influenciado ( e muito!) nessa questão, a massa de manobra dos "grandes", sem perceber, deixam-se influenciar por jogos de poder, disputas de egos e vaidade, os ignorantes negam o fato de Deus ser amor eterno e incondicional a tudo e a todos, algo que agrega, não algo que separa, para acreditar em seus "donos" e assim manter seu status quo, seja dentro da sociedade como um todo ou dentre o seu cerne comunitário local, ou no seu microcosmos. 
     A disputa filosófica das definições ou dos parâmetros cientificistas para validar ou desacreditar a ideia de um deus ou de uma forma de manifestação do Sagrado gera conflitos dentro de um mesmo meio cultural-religioso local, vejamos um exemplo: Dentro da cultura védica indiana define-se a manifestação do Sagrado de três maneiras, Paramatma: O sentido do Sagrado dentro de cada ser vivente, o nosso deus interno, aquilo que nos faz reconhecer o traço divino que tem dentro de cada animal ou planta; Brahmajyoti: o sentido do Sagrado impessoal que está em tudo e todos os lugares ao mesmo tempo, ao nosso redor, no ar, na terra, no espaço, a energia que circunda a tudo, o todo; e Bhagavan: A forma manifesta do Sagrado, a imagem personalista do divino, seja ela Krisna, Ísis,Thor, Jesus, etc. Nesse país as diversas linhas filosóficas-religiosas disputam entre si o titulo da mais verdadeira, da verdade suprema de deus.
    Dentro de cada uma dessas três formas supremas de manifestação dessa energia divinal não há julgamento de valor, uma manifestação não é mais "deus" que a outra, todas são o "deus", porém dentro de cada uma dessas manifestações podemos perceber diversas filosofias e religiões, ao redor do mundo, que tentam a todo custo provar sua ideia como a mais pura e superior a outra, desvalendo-se da outra por medo ou ignorância.  
   Valendo-se mais uma vez da ideia do amor, quanto um meio de manifestação de Deus, vemos que é ilógico e total falta de bom senso o preconceito religioso, separar indivíduos, famílias, cidades, Estados, por uma opção de religare diferente vai de encontro a prática que é ensinada no ceio de cada uma dessas religiões, por meio de práticas e conceitos distintos 
podemos formar uma ideia mais ampla e mais real a respeito da Verdade, mesmo entre ateus o amor e a compaixão são pregados, não como uma manifestação divina, mas como um aspecto de manifestação humana nobre, a pluralidade nos fortalece.
    Trabalhar pela união, porém não exatamente a unificação, dos diferentes métodos é um passo primordial da história humana, a divisão pela ignorância e o ódio gera dor, sofrimento, separação. No atual momento histórico de "globalização" e troca instantânea de informação ao redor do planeta onde todos estamos conectados, cada vez mais, não podemos mais suportar essas ideias segregacionistas. INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME! e total falta de humanidade.